fica um registo de sete salvamentos, cinco dos quais junto aos esporões, pelos nadadores-salvadores que asseguraram a vigilância das praias de Vagos nos meses de Junho, Julho e Agosto. Mas "nada de muito grave", como disse Paulo Anastácio, coordenador do projecto liderado pelo Núcleo Empresarial de Vagos (NEVA). Ainda assim, do relatório de situação que foi apresentado, constam picadas de lacraias e abelhas, lacerações, deslocação de ombros e até cabeças rachadas. Só em Agosto houve mais de uma vintena de intervenções, pelo que o saldo é "francamente positivo".
Como se sabe, a praia da Vagueira andou (ainda anda) em "bolandas", por causa das obras de requalificação e reforço da defesa aderente, da responsabilidade do Instituto da Água (INAG). A intervenção, que deveria ter início em Janeiro, só arrancou em Maio, motivando queixas da parte dos comerciantes e de alguns utilizadores da principal praia vaguense.
As obras acabaram por ser interrompidas, depois da Câmara e Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Centro terem exigido, ao empreiteiro e ao INAG, condições "mínimas" de acesso para os veraneantes, o que na realidade aconteceu.
Mas ficou a dúvida: que impacto iria provocar as obras de reforço dunar e no esporão a sul da Vagueira? Dúvidas que o coordenador da vigilância nas praias também teve, quando admitiu desconhecer, se as obras tinham provocado "alterações de relevo no fundo do mar e nas correntes". Felizmente não tiveram.
As únicas "alterações" viriam a ser provocadas pelos banhistas que, à falta de areal no núcleo central da praia da Vagueira, se deslocaram para zonas mais a sul (Praia Nova e Labrego), e também para norte, perto da zona das companhas da arte xávega. Outros preferiram o Areão, que terá sido a praia que "melhor recebeu os banhistas".
Uma última nota, para referir que a Vagueira teve em 2009 mais turistas. Essa é, pelo menos, a opinião do vereador da Câmara Municipal, Marco Domingues, que destacou o reforço da divulgação das iniciativas camarárias junto dos postos de turismo noutros concelhos, dentro de uma política de colaboração e intercâmbio".
